quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dos maiores absurdos

Estou tão perto de mim, tão longe do chão
tão longe de tudo e o mundo nas mãos.
Eu vivo ao contrário, eu mudo o cenário.
Eu nem sempre ensaio e as vezes acabo o show.
Sou quase um artista, palhaço, equilibrista
estou perdida na pista
eu crio, embaço a vista
queimo folhas, toco o som.

Eu não sou poeta, nem racional.
nem de todo mal, altamente anormal.
Extremamente sentimental
quem manda no meu mundo sou eu.
Sou o romance mais puro
o grito mais estridente
as lágrimas da gente
a Julieta, ou meu Romeu.

Apenas uma criança
numa mulher, a esperança
de que a noite é nossa, o dia talvez não.
Construo o presente quebrando o passado.
Eu abandono e sou abandonado.
Um rabisco, um parágrado
da chuva eu sou o trovão.

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