quinta-feira, 26 de agosto de 2010

..com outros olhos...

Para, respira, pensa.
Para, pensa e joga tudo pro alto!!!

As vezes as atitudes não saem muito bem como gostaríamos. Assim como a maioria das vezes as coisas não acontecem como você queria que acontecessem, ou como, pela lógica que existe na sua cabeça, deveriam acontecer.
O baque da realidade as vezes assusta, e de novo você entra naquela fase onde parece que se tem náuses de tanto que você pensa, de tanto que você sente, de tanto espaço que a inquietude ocupa.
É tudo sempre uma maldita fase, de qualquer modo.
Daqui a pouco passa......o que fica deve realmente valer a pena.
Passam anos, pessoas vão embora, pessoas são levadas, outras são chutadas por você da sua vida, e alguns erros dão voltas, e voltas, mas estão sempre ali, martelando, incomodando e, derrepente, você para naquele ponto inicial (ou final), aquele aonde você se começou a perguntar "por que eu faço isso?". Daí o start está dado e uma enxurrada de perguntas aparecem, e as consequências ficam visíveis.
Entrei numa viagem em mim mesma e no mundo em minha volta, e mais ainda no mundo parelelo que só eu entendo. Ainda estou imersa nessa viagem, sempre vou estar. E espero do fundo da alma que um dia eu tenha sabedoria pra equilibrar tudo isso.
Estive me perguntando porque se sacrificar pelos outros, ou abrir mão de coisas pelos outros se fez tão importante pra mim. O querer ajudar, assim, do nada, sem esperar algo em troca. Guardando as minhas dores pra tentar curar as dores do mundo. Não, eu não sou a melhor a pessoa e volta e meia mergulho em meu próprio egoísmo. Mas por que será que eu crio obrigações e compromissos comigo mesma, sendo que se eles não forem cumpridos a única que vai sofrer sou eu. Olhando tanto pro lado, e esquecendo de olhar pra aquela imagem refletida no espelho. Por medo, por não a entender, por achar que é perda de tempo tentar entendâ-la, por achar que ela é tão previsível...
Porque nosso pior cobrador somos nós mesmos. E na tentativa de fugir do egoísmo, somos tão cruéis com nós mesmos.
Quando eu parei, pensei e joguei tudo pro alto, olhei pro meu  lado e os olhos viraram pra outra direção. Os sonhos contados, e conversas bobas sobre "o que vai ser" soou apenas como planos idiotas de dominar o mundo, a aflição com os problemas se tornou apenas um capricho de menina, e aquelas profundas inquisões não foram ouvidas, as brigas não foram contadas, ninguém lembra, ninguém sente, ninguém viu.
Silêncio.

Até que os gritos foram dados... e eles vinham do meu portão...
Noite linda, fuga planejada em menos de 5 minutos. Dinheiro? não tinhamos lá essas coisas. Problemas?? Muitos, aqueles que parecem insolúveis, nossos problemas, e os problemas daqueles pelos quais temos um carinho absurdo. Todos eles cravados nas nossas costas.
Histórias? Também tínhamos uma porção delas, novas e velhas. Lugar pra ir? Qualquer lugar em que pudessemos ouvir uns aos outros estava valendo.
E depois de beras, e indagações, e papos realistas e verdades jogadas na cara, e meses e meses de aperto no peito saindo pela boca... os risos soltos começaram. O correr no mato, o rolar na grama, o brincar que nem criança de novo, o passado se fundindo com o prensente, e as esperanças...ah, a bendita esperança resurgindo, e isso é tão difícil de encontrar.
Eu lembrei de ver beleza escondida nas tristezas!
Encontrar pessoas que se virem pra ouvir o que você tem a dizer e se preocupem com isso é tão difícil, e as vezes não damos valor.  Não damos valor a isso, e essas coisas que parecem pequenas e bobas, mas que todos no fundo precisam.

Talvez pensar sobre isso seja a vida jogando na minha cara uma lição que eu me nego a aprender.
Talvez só esteja realmente no momento de "concertar os pedaços da vida que tínhamos antes"...
Devagar! Tudo pode ser tudo enquanto a incerteza for inspiração e esperança.
Só me resta o "agora", e o futuro que espere.
Só me resta aprender a olhar pra todos os lados mas não me perder em qualquer canto.
Cuidar de tudo que quero por perto, sem esquecer que também preciso de cuidado.
Hora de criar forças aqui do meu lado e procurar o que de bom tem por aqui.
Não da pra salvar o mundo inteiro, não da pra ser perfeito, mas da pra tentar fazer diferença. Mas dá pra lutar juntos daqueles que você acha que vale a pena.
Todos nós conhecemos o fundo do poço, ou chegamos perto dele, e todos temos força o suficiente pra respirar de novo.
Mais do que cicatrizes, dores, traumas, lágrimas, tristezas, você ganha EXPERIÊNCIA, e lições que nunca, ninguém vai conseguir tirar de você.

Post muito especial pra uma galera que me ensinou pra caramba nos últimos tempos.
"Quando alguém aponta o dedo e diz que não podemos, é aí que criamos a coragem pra fazer qualquer coisa, e cresce a vontade de chegar mais longe".
Beijos: Mahara, Manu, Daniélle, Marcio e Amanda ( ah casal, desistir não faz parte dos planos né?), Andrei, Hugo ( pessoa muito especial, mesmo), e mais uma galera que eu cito mais pra frente.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Apenas um desabafo

Queria que todas as dores e revoltas pudessem ficar dentro dessas palavras. Que essa válvula de escape pudesse curar tudo que eu não consigo curar, que ninguém consegue entender, que ninguém quer ouvir, que ninguém se importa.
Eu queria , as vezes, que eu saísse dessa linha tênue entre ilusão e realidade e ficasse em um dos lados.
Mas não é possível. Vivendo de um lado sempre tentando compreender o outro.
Tantas coisas que eu queria...
Fugir, ficar, me entregar ao meu mundo paralelo e as vezes fugir dele. Queria não achar que eu vou enloquecer ou que eu me rendo tão fácil aos meus questionamentos entrando num universo paralelo.
Queria ser sábia e controlar minhas palavras e meus sentimentos de raiva de tudo. Queria parar, pensar antes de jogar todas as teorias, pensamentos, infelicidades, descontentamentos, perguntas...
aquelas sem sentido que quase ninguém se faz.
Desde as coisas mais complexas e as viagens mais profundas, os mundos mais obscuros,
até as coisa mais simples e bobas, que parecem as vezes que não importam, mas só eu sei como fazem diferença.
Eu vejo desigualdade e pessoas sem sentido a todo momento, eu vejo alguém sem talento estar no topo e vejo alguém que realmente é bom em algo, esquecido por tudo e por todos.
Eu vejo pessoas sem coração se banhando em rios de dinheiro e futilidade, e vejo alguém realmente merecedor de algo bom, que sabe ser HUMANO, não ter nada. Sendo chutado, sendo jogado, sendo apedrejado pelos outros, pela vida. A cruel vida, e o destino que as vezes zomba de todos nós e zomba dos que se acham mais importantes que ele, mais importantes que tudo.
Eu vejo guerreiros lutando dia e noite sem nunca vencer a guerra.
Eu me vejo incapaz, e impotente de salvar a mim mesma e a todos.
Descontente, as vezes nem tão presente, eu aqui e o pensamento longe.
Eu vejo meu mundo sendo violado por todas as regras e convenções que não me dizem nada, e que por algum motivo eu tenho que seguir.
Eu me vejo tendo esperança em algo, acreditando que um dia as pessoas se lembrarão de serem humanas.
Sem esperar ganhar coisas em troca, sem desmerecer as belas palavras, as poesias cantadas,
os bons corações e as boas canções.

domingo, 22 de agosto de 2010

Canto dos descontentes...




Não sei se é raiva
se é tristeza...
se é o fato de ser tão descontente
com tudo, com o nada,
com a sensação de aqui não é meu lugar.

Não sei se é fato de me encontrar longe da realidade
ou tão próxima dela,
ou se é a vontade de fugir, de correr pra algum lugar...
pro que conheço,
pro que nunca vi
pros seus braços
pra longe de ti.

Eu não sei se é a vontade de conhecer o céu
ou a necessidade de o desconstruir.
Não sei se é o tempo que me põe pra baixo
ou se é o fato de eu não conseguir levantar que me entristece.

Não sei se são lágrimas, ou segredos derramados.
Não sei se são palavras ou confissões.
Meu início ou meu fim.
Não sei se é poesia ou despedida.
Se é a vontade de querer ser melhor, ou o dom de deixar tudo pior.
Simplesmente não sei porque me pego implorando
pra achar as respostas.
E quando as encontro elas não me servem.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Agradeço-te

Agradeço-te
por ter me lembrado de mim mesma
Por ter me jogado de novo ao meu abismo
por ter me prendido de novo em meu universo
por ter feito eu abrir os olhos quando eu queria me cegar
por ter me dado um feixe e luz quando tudo que eu via era escuro
por ter me lembrado como cantar cada nota
e de como eu posso ser livre presa a meus próprios pensamentos
obrigada por ter me dado um último fio de esperança
e ter deixado agora
que esse fio se partisse.
Agradeço por lembrar-me das minhas asas
E agora me deixar sem elas.
Agradeço por pegar minha mão
E agora me deixar cair de novo.

domingo, 8 de agosto de 2010

Sem um som...


Em entrelinhas, as dores escondidas
as linhas que falam a verdade sem um som
cada vida se misturando
e você não se encaixando em lugar nenhum.

E se meu mundo for tão grande que não cabe no mundo de ninguém?
E se tudo pelo que luto não for meu?
E se eu estiver tentando roubar uma felicidade que nunca vai me pertencer?

Tente apenas recuperar o fôlego
ainda não é hora de desistir
de você mesmo.

Qual a próxima frase sussurrada em meu ouvido que me fará
ver que eu sempre luto por uma causa perdida?
Qual o próximo passo que eu darei pensando em dar um suspiro
sem conseguir respirar?
Qual a próxima vez em que eu tentarei me prender ao chão
quando minha cabeça está nas alturas?

O que você esconde?
qual amor você perdeu?
e se tentar já não for o suficiente?
E se meu mundo não couber no seu?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Dos maiores absurdos

Estou tão perto de mim, tão longe do chão
tão longe de tudo e o mundo nas mãos.
Eu vivo ao contrário, eu mudo o cenário.
Eu nem sempre ensaio e as vezes acabo o show.
Sou quase um artista, palhaço, equilibrista
estou perdida na pista
eu crio, embaço a vista
queimo folhas, toco o som.

Eu não sou poeta, nem racional.
nem de todo mal, altamente anormal.
Extremamente sentimental
quem manda no meu mundo sou eu.
Sou o romance mais puro
o grito mais estridente
as lágrimas da gente
a Julieta, ou meu Romeu.

Apenas uma criança
numa mulher, a esperança
de que a noite é nossa, o dia talvez não.
Construo o presente quebrando o passado.
Eu abandono e sou abandonado.
Um rabisco, um parágrado
da chuva eu sou o trovão.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Viaje para as nuvens, e volte ao chão..

Diferente
brilha uma estrela,
eu corto minhas asas e dou pra você.
Podendo voar e se prendendo ao chão.
com aquela mágica junção
de viver e sofrer.

Te vejo ao meu lado
os olhos fechados
me perco em seus braços
e não quero sair.
Te levo as alturas
constante aventura
estamos indo pro fundo e só queremos fugir.

Seus lábios me levam
o som me domina
perco os sentidos e só penso depois.
Derrepente eu me lembro
me calo e tento
não pensar tanto no que é ser nós dois.

Doce loucura, eu perdendo meu jogo
eu nunca fui tanto o que realmente sou.
Arranque o menos lógico
Arranque o menos óbvio
Arranque o mais contraditório.
Arranque o meu melhor ódio
e o meu pior amor.


Listening_o poeta está vivo.