sexta-feira, 4 de junho de 2010

quase...


Eu queria que fosse fácil transformar minhas tristezas e pensamentos em poesia, em melodia, mas já não é como antes.
Não consigo mais ter a pureza de tempos passados, a leveza das palavras foge das minhas mãos quando me ponho a escrever.
Eu queria definir o que eu sinto, agora parece que vários sentimentos em invadem a ponto de eu querer explodir.
Nao sinto saudade, nostalgia talvez não seja a palavra.Apenas me persegue a idéia de todos os pedaços que perdi até aqui, que eu fui derramando no meio do caminho e não quis voltar pra buscar.
Fui do céu ao inferno, conheci uma face do bem, uma do mal, e eu sei que isso ainda foi tão pouco. Abri mão de tantas coisas, tantos sentimentos pararam no tempo, e no fim, eu não me arrependo das minhas escolhas.
Chorei, fiz chorar, pedi , recusei, fugi, corri ao encontro, apenas virei as costas, aprendi a deixar certas pessoas voarem sozinhas.
Isso tem seu encanto e magia, mas machuca, você nunca sai ileso.
As vezes sai cansado e sem vontade de continuar. Mas há tantas coisas pra frente. E dá um frio da barriga só de pensar.

"Coragem é não deixar que o medo te impeça". ( e mais e mais lições).

Aprendi demais,mas nao foi nem metade do que preciso. Ainda tenho tanto aprender, e eu sei que vou cair mais milhões de vezes e eu vou ter que conseguir levantar em todas elas.
Porque o tempo não para pra esperar eu me recuperar, ele vai passando, rápido, sem dó, pisando nos que ficam parados.
Mas as vezes, nem os sonhos conseguem me guiar.

...e no meio do escuro, procuro uma mão na qual segurar e sentir que não estou sozinha...

"Mil coisas acontecem ao seu redor
Você não as percebe
Pois não pode distingui-las
Talvez não faça diferença
E o que resta pra você
São somente as coisas
Que você pode suportar
O que podemos suportar?
_ quase amor_ "

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